O que faz dos orgânicos e naturais diferentes dos cosméticos convencionais é uma porcentagem variada de ingredientes certificados, dependendo do selo. Eles não possuem matéria-prima sintética, derivados de petróleo (como silicone e óleos minerais) ou produtos geneticamente modificados e testados em animais. Também são livres de agrotóxicos. Segundo os fabricantes, agridem menos a natureza ao longo da cadeia produtiva – os resíduos, por exemplo, são mais suaves que os da indústria tradicional. Além disso, há o apelo de valorizar a vida das comunidades envolvidas na produção.
A produção dos orgânicos em escala industrial é tido como impossível devido ao seu alto custo. Por isso, as empresas criam caminhos mais fáceis para fazer produtos que carreguem o conceito de “natural ou orgânico”, mas com fabricação viável. São os chamados “bio”, fruto de acordos entre grandes laboratórios europeus interessados no apelo comercial dos orgânicos, mas incapazes de produzi-los em larga escala. Cada empresa costuma atender a apenas parte das exigências de certificação: ou usam algum ingrediente com certificação de orgânico ou natural, ou não testam em animais, ou não usam produtos derivados de petróleo ou, ainda, alguns desses itens somados.
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